"Perto de nós morava a minha queridíssima tia Antônia. Era encantadora. Costumávamos ir sempre à sua casa, o que era um prazer para nós, os sobrinhos, Saudades de suas brincadeiras, de seus almoços, suas estórias... e sua mesa de pôquer. Um dia obrigamos minha irmã solteira a jogar. Ela não queria, mas teve que aprender porque faltava parceiro. Lá, as tardes passavam rápidas. O jogo começava quando eu levava as minhas filhas para o colégio e terminava quando terminava a aula. Eu esperava o terceiro (e último) filho. À noite jogávamos lá em casa pois o Juninho nasceu e eu não podia sair. Às vezes minha mãe jogava e a minha outra irmã QUE NÃO BLEFAVA.... Quando ela apostava, todo mundo corria..."
Cléa Teixeira de Menezes 1.3.3
Cléa de Menezes Vasconcelos Horta
Lembranças de Maria Emília (1.9.5.5)
“Lembro muito de particularidades da vovó. Ela era muito engraçada e cheia de manias. Muito carinhosa, muito cheirosa e vaidosíssima.
Gostava de acordar tarde e nunca saia
do quarto antes das onze da manhã. Acordava e ficava rezando vários livrinhos
de novena antes de sair do quarto para tomar o café extremamente fraco. Todas
as manhas ela tomava seus remédios que eram comprimidos e antes de engolir ela
os besuntava com margarina para conseguir tomar sem engasgar.
Vovó já saía dos seus aposentos com
“rouge” e batom vermelhinho. Seus olhos azuis e sua pele clara se destacavam,
deixando ela mais linda.
Na hora do seu banho, sempre
levava uma bacia com agua fervente para o banheiro e ela dizia que era para
lavar a “piriquita”. Nunca consegui entender esse ritual.
Ela adorava sua família e sempre
chamou os netos e netas de “meu nego e minha nega”.
“Eu e minhas irmãs passávamos as
férias de verão no Rio, na casa da vovó, essas talvez sejam as melhores
lembranças que tenho. Era muito divertido ouvir vovó gritando a tia “Derba” e o
vovô “Ranger”. Eu achava o máximo a vovó ficar de mal do vovô e dizer que ele
não sabia que ela estava de mal dele, e ele realmente não percebia nada e isso
“matava” a vovó”.
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